Unicef defende “forte redução” das dívidas de países pobres para enfrentar o coronavírus

A diretora do Fundo, Henrietta Fore, pediu a diferentes entidades que apoiem a proposta, que já recebeu apoio do secretário-geral da ONU, e aguarda respostas do FMI e do Banco Mundial

Crianças em assentamento na África (Foto: Unicef)
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A economista estadunidense Henrietta Fore, diretora executiva do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), expressou nesta quarta-feira (8) a necessidade de uma reestruturação das dívidas dos países mais pobres, com o objetivo de reduzir o impacto econômico que a pandemia de coronavírus deixará sobre essas nações, e permitir que eles enfrentem de melhor forma os efeitos da mesma sobre seus sistemas de saúde.

No comunicado divulgado nesta manhã, Fore disse que para os países em desenvolvimento, “as consequências financeiras causadas pela pandemia, combinadas às obrigações debilitantes do serviço da dívida, estão prejudicando sua capacidade de impedir a transmissão e proteger os cidadãos”.

Em seguida, acrescentou “neste momento crucial, os países precisam gastar mais para proteger o futuro de seus filhos”.

Para terminar, o documento do Unicef roga por uma união “de todo o coração” em torno dessa ideia de aceitar uma redução das dívidas, convidando o presidente do Banco Mundial, o estadunidense David Malpass, e a economista-chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional), a búlgara Kristalina Georgieva, a abraçá-la.

Quem já abraçou e apoiou a proposta de Fore é o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), o diplomara português António Guterres. Segundo ele, “relaxando o ônus do financiamento da dívida, os países terão mais chances de dar uma resposta agressiva para reduzir o impacto da crise econômica e frear a propagação do covid-19”.