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Quaest: Como a internet reagiu à operação da PF contra articuladores do golpe

Ao todo, o instituto aponta que foram 607 mil menções ao longo do dia, alcançando mais de 56 milhões de contas; Confira destaques

Jair Bolsonaro (PL).Créditos: Reprodução/Youtube
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Felipe Nunes, professor da UFMG e diretor do Instituto Quaest, usou as redes sociais na noite desta quinta-feira (8) para divulgar os dados levantados em pesquisa que mediu a repercussão da operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados que tentaram articular um golpe de estado para evitar a ascensão do presidente Lula (PT) e manter a extrema direita no poder.

De acordo com o profissional, a repercussão do evento foi enorme e só perdeu, em termos de episódios políticos, para a depredação de 8 de janeiro de 2023 contra as sedes dos Três Poderes em Brasília.

Ao todo, a operação obteve 607 mil menções nas principais redes sociais e atingiu mais de 56 milhões de perfis e páginas. O 8/1, por sua vez, teve 2,2 milhões de menções e atingiu 80 milhões de contas.

Outros quatro escândalos envolvendo Bolsonaro – o escândalo de espionagem da Abin, a falsificação do cartão de vacina, o escândalo das joias sauditas e a delação de Mauro Cid – estão entre os mais comentados das redes.

Entre as 607 mil postagens analisadas pela Quaest, 58% são críticas a Bolsonaro e 42% favoráveis. Entre as 6 horas da manhã, quando começaram as operações oficialmente e as 9h, quando o passaporte de Bolsonaro foi apreendido pela PF, o embate estava empatado. Depois disso os críticos do ex-presidente obtiveram a maioria até o fim da tarde. Os últimos dados avaliados são das 18h.

“A direita reúne argumentos para construir uma narrativa de perseguição política contra a oposição e contra Bolsonaro. O principal alvo das críticas é Alexandre de Moraes. A esquerda festeja e comemora! Piadas e deboches de cunho revanchista sobre a investigação a Bolsonaro e aliados militares são elementos que se destacam”, resumiu Nunes.