Depois de ser muito criticada por afirmar que distribuir comida na Cracolândia faz com que as pessoas que ali estão não busquem tratamento, a deputada Janaína Paschoal (PSL-SP) seguiu defendendo os seus argumentos, mas, tomou uma invertida do ex-deputado Jean Wyllys.
"Pergunto a todas as pessoas que estão me detonando o seguinte: se você tivesse um parente se matando com drogas na Cracolândia, o que preferiria, alguém que o alimentasse ali, possibilitando a sua permanência no vício? Ou alguém que o estimulasse a sair daquela condição?", tuitou a parlamentar.
Como resposta, o ex-deputado Jean Wyllys afirmou que os "argumentos" de Janaína Paschoal são "deploráveis" e que ela é uma "indigente intelectual".
"Seus “argumentos” são deploráveis. Você é uma indigente intelectual que chegou longe demais porque serviu a um golpe contra democracia. Mas saiba que você é medíocre e desumana. Não entende nada de política de drogas nem de solidariedade. Espero que sua queda seja logo", respondeu Wyllys para Paschoal.
Padre Júlio Lancellotti responde Janaína
O padre Júlio Lancellotti respondeu ao comentário higienista da deputada Janaina Paschoal (PSL-SP). “Alimentar aquelas pessoas na Cracolândia é uma questão humanitária. Não seria matá-los de fome que resolveria os problemas”.
Em entrevista ao jornalista Jamil Chade, Lancellotti também afirmou que, além de ser uma questão humanitária, a partilha de alimentos tem, também, o objetivo de “estabelecer vínculos com os usuários. O alimento não é o fim. É a forma de estarmos próximos e buscar saída”, disse Júlio Lancellotti.
“É um processo longo e difícil. O nosso desafio não é transformar os irmãos. Mas amá-los. Eles não serão transformados pela força do fuzil e das carabinas. Serão transformados pela humanização da vida”, declarou o religioso.