EM INVESTIGAÇÃO

Padre do Exército é preso por importunar sexualmente fiel e ameaçá-la com arma

Capelão do Ordinariado Militar do Brasil lotado no MS nega acusação. Vítima diz que o conheceu na missa, que ele “gostava de dançar”, mas que acabou sendo abusada

Padre e capelão militar José Jucier Ferreira Alves.Créditos: Redes sociais/Reprodução
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Um padre que é capelão do Exército Brasileiro na cidade de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, foi preso pela Polícia Civil sob a acusação de importunação sexual de uma fiel. O caso ocorreu no mês de agosto, mas apenas agora a denúncia, apurada pela Delegacia de Defesa da Mulher, foi divulgada. José Jucier Ferreira Alves, de acordo com a denunciante, ainda teria a ameaçado com uma arma.

A mulher, cuja identidade não foi revelada, contou às autoridades que conheceu o clérigo numa missa e que por conta desse contato passou a ter um convívio mais próximo dele, que seria um sujeito que “gostava de dançar”. No entanto, narra a vítima, numa dessas ocasiões dançantes teria sido abusada pelo padre, que depois teria a ameaçado com uma arma de fogo.

As circunstâncias exatas em que tal fato teria ocorrido não foram divulgadas e a Polícia Civil, que se limitou a confirmar a denúncia e a prisão do capelão, que teria sido liberado após prestar depoimento a uma delegada de Campo Grande.

Dom Dimas Lara, arcebispo da capital sul-mato-grossense, informou à imprensa que o caso não estava sob sua alçada porque os capelães das Forças Armadas são vinculados diretamente a uma divisão da Igreja Católica no país, o chamado Ordinariado Militar do Brasil, cujo responsável é o arcebispo Dom Marconi, sediado em Brasília.

A defesa do padre José Jucier Ferreira Alves, feita pelo advogado Alexandre Barros Padilhas, informou que o capelão nega as acusações a ele atribuídas e que aguarda o andamento das investigações da Polícia Civil “com serenidade”.