Em 11 dias, Miruna Genoino arrecada 90 mil reais para lançar livro sobre o pai

Mais de 1,3 mil pessoas já contribuíram no financiamento coletivo aberto pela filha de José Genoino. A obra “Felicidade Fechada” irá contar os momentos vividos pela família do ex-presidente do PT, que “ficou preso injustamente por conta de sua condenação na Ação Penal 470”

Miruna, ao lado do pai, em foto de 2006 (Arquivo pessoal)
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Mais de 1,3 mil pessoas já contribuíram no financiamento coletivo aberto pela filha de José Genoino. A obra “Felicidade Fechada” irá contar os momentos vividos pela família do ex-presidente do PT, que “ficou preso injustamente por conta de sua condenação na Ação Penal 470” Da Redação [caption id="attachment_92325" align="alignleft" width="300"]Miruna, ao lado do pai, em foto de 2006 (Arquivo pessoal) Miruna, ao lado do pai, em foto de 2006 (Arquivo pessoal)[/caption] O financiamento coletivo aberto por Miruna Genoino já ultrapassou a meta de arrecadação e o livro “Felicidade Fechada” deverá ser lançado. O objetivo era juntar R$ 87.500, mas a seis dias do término da campanha, o valor já foi superado. Segundo Miruna, a obra será “sobre a vida de uma família que sempre acompanhou com orgulho a trajetória, os sacrifícios, os desafios, de José Genoino, e que precisou se unir diante das muitas dificuldades: solidão, medo, abandono, tristeza, e que com isso, acabou encontrando amizade, solidariedade, generosidade e força para enfrentar com dignidade a injusta execração pública”. O nome “Felicidade Fechada” foi criado por Paula, filha de Miruna e neta de Genoino. “Porque o Vôvi [José Genoino] é a nossa felicidade, e ele ficou lá preso, fechado, então a nossa felicidade estava fechada”, disse a menina ao saber que a mãe estava escrevendo um livro sobre o avô. Em entrevista à Fórum, Miruna explicou que com o livro buscará passar a seguinte mensagem: “Vamos olhar para além das manchetes, vamos cavar até achar a verdade para além dos estereótipos, vamos recontar histórias que só estão sendo passadas por um único lado”. Para ela, seu pai foi sim “um preso político”. E foram duas vezes em sua vida: “Primeiro na época da ditadura militar e depois neste processo da ação penal 470. A implicação disso para o que vivemos hoje é por um lado direta, pois com ele reiniciou-se o período de criminalização da política, e por outro, desdobramentos, como tornar juízes figuras de destaque na mídia, algo a meu ver muito perigoso para uma sociedade democrática”. Leia também: Felicidade Fechada: Miruna Genoino lança financiamento coletivo para escrever livro sobre o pai