Governo populista da Itália se reúne com manifestantes franceses e França convoca embaixador
Vice-premiê italiano, Di Maio escreveu nas redes sociais: "O vento da mudança cruzou os Alpes". Di Maio compõe o governo populista de direita italiano junto com Matteo Salvini, um dos principais apoiadores de Jair Bolsonaro na Europa

O encontro na segunda-feira (5) do vice-premiê italiano e chefe do Movimento 5 Estrelas (M5E), Luigi Di Maio, com membros dos “coletes amarelos”, que realizam protesto em território francês desde outubro passado, irritou o presidente Emmanuel Macron, que convocou o embaixador da França na Itália, depois do que ele considerou série de “declarações desmedidas” e de “ataques sem fundamento” e “sem precedentes” de dirigentes do governo populista de direta italiano.
“Há vários meses, a França tem sido alvo de repetidas acusações, ataques infundados, declarações ultrajantes que todo mundo conhece e pode ter em mente”, disse, em comunicado, a porta-voz do ministério, Agnès von der Mühll.
“Isso é sem precedentes, desde o fim da guerra (…) A última interferência é uma provocação adicional e inaceitável”, acrescentou.
Luigi di Maio é chefe do Movimento 5 Estrelas (M5E), que se uniu ao movimento de ultra direita, Liga, de Matteo Salvini, para formar o governo populista da Itália. Salvini é um dos principais apoiadores do governo Jair Bolsonaro na Europa e articulador da aliança ultraliberal O Movimento, de Steve Bannon.
Após a reunião com os “coletes amarelos”, Di Maio escreveu nas redes sociais: “O vento da mudança cruzou os Alpes”, referindo-se ao movimento francês, que tem entre seus seguidores simpatizantes da extrema direita. Embora profundamente divididos, continuam se manifestando todos os sábados, há 12 semanas, em várias cidades francesas.
Oggi con @ale_dibattista abbiamo fatto un salto in Francia e abbiamo incontrato il leader dei gilet gialli Cristophe Chalençon e i candidati alle elezioni europee della lista RIC di Ingrid Levavasseur.
Il vento del cambiamento ha valicato le Alpi. pic.twitter.com/G8E0ypLalX— Luigi Di Maio (@luigidimaio) 5 de fevereiro de 2019
Com informações da Folha de S.Paulo e da Agência Ansa
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