Reservatórios de São Paulo operam em níveis abaixo do período de crise hídrica em 2013

Passados dois anos, o fantasma daquele período volta a rondar com a divulgação dos dados atuais do Sistema Cantareira

Foto: Agência Brasil
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A crise hídrica que abateu o estado de São Paulo em 2013 ainda é um trauma na vida do cidadão paulista que amargou dias torneiras secas e gastos (quem pôde) com caminhões-pipa que estouraram orçamentos das famílias. Passados dois anos, o fantasma daquele período volta a rondar com a divulgação dos dados atuais do Sistema Cantareira. Os reservatórios estão operando em níveis abaixo dos registrados naquele período. E pior. Os outros cinco reservatórios da Sabesp também estão em patamar abaixo do registrado naquele ano, Contudo, a Sabesp garante que as obras realizadas em 2013, depois do caos provocado pela falta de água, serão suficientes para garantir o abastecimento até dezembro do próximo ano. Dois anos após São Paulo decretar o fim da crise hídrica, um novo período de seca intensa baixou o nível do Sistema Cantareira a um índice menor do que o de junho de 2013, período que antecedeu a escassez de 2014/2015. Os outros cinco reservatórios da Sabesp também estão em patamar abaixo ao daquela época. A companhia afirma que as obras feitas durante a crise garantem o fornecimento de água ao menos até o fim de 2019, caso a falta de chuva persista. Especialistas dizem que o quadro não é de desespero, mas defendem controlar ainda mais o consumo. “A entrada de água está bem abaixo das médias históricas, realmente. Só que isso não se transforma em condição pior de abastecimento”, disse o superintendente de produção da água da Sabesp, Marco Antonio Lopez Barros ao "Estado de São Paulo". Segundo a Sabesp, as obras permitiram o remanejamento entre os sistemas. A empresa afirma que as obras permitiram a transferência de água entre as Bacias do Atibainha, Jacareí e o Sistema São Lourenço, que trata 6,4 mil litros de água por segundo, o mesmo consumido pela cidade de Curitiba.