Com Sepúlveda Pertence na defesa de Lula, Cármen Lúcia pode se declarar suspeita para julgá-lo

Foto: José Cruz/Agência Brasil
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Ao menos é o que a ministra fez em todos os processos que chegaram ao Supremo que tinha Pertence como defensor. Foi o novo advogado de Lula, ex-presidente da Corte, quem convenceu Lula a indicar Cármen Lúcia para uma cadeira que havia vagado no STF Por Redação Conforme noticiado nesta terça-feira (6) pela Fórum, Sepúlveda Pertence, ex-presidente do STF e um dos mais notórios criminalistas do país, é o novo advogado que compõe a equipe de defesa do ex-presidente Lula. A vinda de Pertence se deu pela necessidade da defesa do petista de contar com um nome que tenha tido trânsito em instâncias superiores, como o STF, agora que tenta os últimos recursos, em terceira instância, pelo processo do "triplex do Guarujá" em que Lula foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão. Esse novo "reforço" à defesa de Lula pode mudar completamente a decisão do Supremo quanto aos recursos que a defesa tenta na Corte. Isso porque a presidente Cármen Lúcia, que já tinha o voto dado como certo para a manutenção da execução da pena proferida pelo TRF4 ao afirmar que o STF "se apequenaria" caso resolvesse rever o entendimento sobre a execução da pena, pode se declarar suspeita para julgar o processo. Amiga íntima de Parente, Cármen Lúcia deve a ele sua indicação, em 2006, à Corte. Lula tinha outro nome em mente mas, graças aos conselhos do advogado criminalista, acabou nomeando a atual presidente do Supremo. Por conta desta relação, em ao menos duas ocasiões, conforme mostra reportagem do BuzzFeed Brasil, Cármen Lúcia se declarou suspeita para julgar processos que tinham Sepúlveda Pertence como defensor. Um deles era sobre uma uma ação envolvendo a Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa contra a Agência Nacional de Energia Elétrica. O outro, tratava das eleições suplementares no Amazonas. Foto: José Cruz/Agência Brasil