Após votar a favor de decreto de armas, Kajuru afirma: “quero que meus eleitores se f*”

“Não sou candidato a mais nada. Terminado o meu mandato, vou morar em Búzios, amar minha mulher. Eu não sou obrigado a fazer média com eleitor meu ignorante”, afirma o senador. Ouça aqui

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O senador Jorge Kajuru (sem partido-GO), que deixou o PSB nesta terça-feira (2), após votar a favor do decreto de armas do presidente Jair Bolsonaro (PSL-GO), disse em entrevista a um blog de direita repetidas vezes querer que seus eleitores se fodam. Após ser questionado sobre o motivo pelo qual não obedeceu ao resultado da enquete que fez sobre os decretos das armas, o que lhe rendeu comentários negativos de seus eleitores, o parlamentar respondeu que “se algum dos comentários me desrespeitar, não entender a minha opinião, eu quero que ele se foda". O repórter insiste: “essa é a resposta que você dá a seu eleitor?”, e o senador responde: “então, que eles se fodam também”. O apresentador lembra que oito anos passa rápido, se ele não quer pedir desculpas. Kajuru afirma que não quer dizer mais nada, “não sou candidato a mais nada. Terminado o meu mandato, vou morar em Búzios, amar minha mulher. Eu não sou obrigado a fazer média com eleitor meu ignorante. Se ele é ignorante, dane-se ele, se ele não entendeu minha opinião, foda-se ele”, disse. Ao final, o repórter avisa que, das dez mil pessoas online, ao menos 90% estão contra o que o senador falou. Kajuru, então, responde: “então fodam-se os 90 mil”. Dissidente Kajuru decidiu aceitar o convite do PSB para sair do partido. A decisão foi tomada nesta terça-feira, após longa reunião com o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira (PE), que já foi hostilizado publicamente pelo senador, mas desta vez ganhou elogios e a garantia de que o jornalista goiano não vai para nenhum outro partido. “Respeito a história do PSB. Mas, como o partido não concordou com o meu voto sobre o decreto das armas, eu preferi sair. Eu procurei o partido e agradeci a um dos homens mais éticos e honrados do País, Carlos Siqueira”, anunciou Kajuru, que, na semana passada, mandou Siqueira para o “raio que o parta”. Kajuru resolveu aprovar o decreto após propor pequenas alterações no texto original.