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Livro de André Marinho revela bastidores inéditos da campanha de Bolsonaro: “vamos sair presos”

A obra também traz um momento bizarro que ocorreu entre o autor e a primeira-dama Michelle Bolsonaro

Livro de André Marinho revela bastidores inéditos da campanha de Bolsonaro: “vamos sair presos”.Créditos: Gesival Nogueira/ Flickr CNA
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O comunicador André Marinho, filho do empresário Paulo Marinho, lançará em setembro o seu primeiro livro - "O Brasil (Não) É uma Piada" - que vai trazer relatos inéditos dos bastidores da campanha presidencial de Bolsonaro em 2018. 

Na disputa presidencial de 2018, a casa do pai de André Marinho foi transformada no QG da campanha de Bolsonaro. Posteriormente, o empresário e pai de André, Paulo Marinho, rompeu com o presidente. 

De acordo com relato de André Marinho e divulgado pela jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, Marinho conta que o então candidato já alertava para os perigos de sair preso da Presidência da República. 

"Bolsonaro, notando que o seu projeto acidental estava cada vez mais próximo de se tornar um acidente com vítimas fatais, já adotava um tom de alinhamento de expectativas. Como se pensasse alto, disparou que 'chegando lá, se não fizermos tudo certo, nós vamos sair presos'. O vaticínio esfriou o café dos três", relata André Marinho. 

Segundo André Marinho, a declaração de Bolsonaro acendeu a luz amarela em seu pai e em Bebianno. "Foi o primeiro indício que Bebianno e meu pai tiveram de que poderia haver caroço no angu de Bolsonaro, que, pouco tempo de depois de eleito, teria seu longo rabo-preso exposto ao país por Flávio e sua maracutaias. Convenhamos: não fez nada certo", diz Marinho. 

Em outro momento do livro, André Marinho revela que coube a ele comunicar à primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que Bolsonaro havia sido sofrido uma facada em Juiz de Fora (MG) e que Michelle pediu a ele para que imitasse Bolsonaro. 

"Numa cena que beirava o surrealismo, Michelle pegou nas minhas mãos, fechou os olhos e pediu que eu imitasse seu marido. Constrangido, imitando a língua presa de Bolsonaro, falei: 'Vai ficar tudo bem, Mi! Agora é confiar em Deus'. Ela respirou um pouco mais aliviada e por, por inusitado que tenha sido aquele momento, foi uma experiência forte para ambos", conta. 

Paulo Marinho e Bebianno romperam com o presidente Bolsonaro por discordarem dos rumos de sua gestão. 

Gustavo Bebianno, ex-secretário geral da Presidência, morreu após um infarto fulminante, aos 56 anos. A informação é do presidente estadual do PSDB, Paulo Marinho.

Segundo Marinho, por volta de 4h30 ele comunicou ao filho que estava passando mal e se dirigiu ao banheiro para ingerir um remédio. Minutos depois, sofreu uma queda e teve ferimentos na cabeça.

Bebianno estava em seu sítio em Teresópolis junto com um caseiro e seu filho. Ele foi levado para uma unidade hospitalar da cidade, mas não resistiu.

 

 

 

Com informações da Folha de S. Paulo.