O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e corregedor-geral eleitoral, Benedito Gonçalves, abriu nesta sexta-feira (9) as investigações contra a chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL) a respeito do uso político dos eventos oficiais de comemoração dos 200 anos de Independência do Brasil na última quarta (7). Além do presidente, também será investigada a conduta do seu candidato à vice-presidência, o general Braga Netto, no último sete de setembro.
Na decisão, Gonçalves determinou que os candidatos apresentem suas defesas em 5 dias. O ministro atende a ação protocolada pelo PDT que, como muitos órgãos de imprensa nacionais e internacionais, considerou que houve um uso político-eleitoral das comemorações.
O PDT ainda afirmou que houve abuso de poder político e econômico no que considerou um desvirtuamento do sete de setembro em benefício da promoção da candidatura à reeleição do presidente. A ação ainda apontou um gasto de aproximadamente R$ 3,4 milhões e pediu que o registro da chapa seja cassada. Para o ministro Benedito Gonçalves, a ação preenche os requisitos.
“Há farta introjeção de aportes financeiros de grande monta nos eventos referentes à comemoração do dia 7 de setembro (…) Isso está ligado à plataforma de campanha do Senhor Jair Messias Bolsonaro”, diz a conclusão da petição protocolada pelo PDT. Se comprovada a tese do partido, os atos deste sete de setembro podem ser considerados pela Justiça Eleitoral como doações irregulares de campanha.