POLÊMICA

Filho de Gal Costa aciona Justiça e diz que se sentia ameaçado por viúva da cantora

Gabriel Costa afirmou que foi coagido por Wilma Petrillo a assinar documento atestando que ela e a mãe viviam como casadas, o que a colocou como herdeira

Gal Costa e Wilma Petrillo.Créditos: Reprodução/Redes Sociais
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A polêmica envolvendo a herança de Gal Costa ganhou mais um capítulo, inclusive, com acusações de ameaças e coação. O filho da cantora, Gabriel Costa, ingressou na Justiça de São Paulo contra Wilma Petrillo, viúva da artista.

O jovem, de 18 anos, requer a nulidade de um documento assinado por ele, em que atestava que Wilma vivia com Gal como se fossem casadas, além de afirmar que a considerava como mãe.

As declarações de Gabriel propiciaram que a Justiça considerasse que Wilma mantinha união estável com a cantora, o que a colocou como herdeira.

Porém, o filho de Gal alegou que assinou a carta porque teria sido coagido por Wilma. Além disso, afirmou que tinha medo por sua segurança física e psicológica, porque, à época, morava na mesma casa que a viúva.

Gabriel relatou à Justiça que as coações tiveram início depois da morte de Gal, em novembro de 2022. Ele disse que foi “submetido por Wilma a ingerir medicamentos de receita controlada, tendo ingressado em estado de tamanho abalo psicológico que teve sua capacidade cognitiva severamente reduzida”.

O jovem ainda relatou que Wilma o ameaçava “dizendo que deveria a ela se submeter”, afirmando que a Justiça teria dado a guarda dele a ela até os 21 anos.

A viúva ainda teria tentado convencer Gabriel a assinar “um documento de confissão de dívida e que possuía direito sobre 75% dos bens [de Gal] e que, por mera liberalidade, decidiu dividir os bens em 50% para ela e 50% para o herdeiro”.

Wilma teria afirmado: “Se você não assinar [a declaração], a gente não recebe o dinheiro e a gente vai passar fome, você não pode fazer isso comigo, não, Gabriel”.

O filho da cantora destacou que, desde a infância, não presenciou nada que indicasse que sua mãe e Wilma se relacionavam como casadas, embora não descarte essa possibilidade.

Gabriel ressaltou que considera Wilma como sua madrinha e que tem por ela “grande estima e consideração, apesar de ter consciência da manipulação psicológica e da coação exercida durante os eventos ocorridos”.

Wilma solicitou reconhecimento de união estável em 2023

O juiz da 12ª Vara da Família e Sucessões de São Paulo concluiu que Gabriel deve ingressar com ação própria e não reconheceu pedido proposto no âmbito da ação de inventário, de acordo com informações do G1.

Wilma pediu abertura de inventário e reconhecimento de união estável pós-morte em janeiro de 2023, dois meses após a morte de Gal Costa. Ela alega que ambas conviveram por cerca de 20 anos.